quarta-feira, 4 de maio de 2011

Vereador pede minuto de silêncio por Bin Laden e fala em mal-entendido

Durante a sessão de segunda-feira (2) na Câmara dos Vereadores de Anápolis, em Goiás, o vereador Valmir Jacinto (PR) pediu um minuto de silêncio pela morte de Osama Bin Laden. O terrorista da al-Qaeda foi morto na madrugada de segunda-feira (2), no Paquistão. O pedido de silêncio, no entanto, segundo o vereador, não foi interpretado da forma correta.

“Houve essa fala mesmo, mas não foi uma homenagem. Foi um reconhecimento pelo fato de a Justiça ter sido feita. Pela situação de paz que reina agora, após a sua morte”, afirma o vereador ao G1.

Segundo o vereador, o pedido de um minuto de silêncio pela morte de Bin Laden ocorreu depois do pedido de homenagem a dois moradores da cidade que também faleceram. “Eles eram pessoas de bem, e por isso ocorreu esse mal-entendido. Não sou a favor do que ele [Osama Bin Laden] fez. Ele provocou um grande sofrimento no mundo”, diz.

saiba mais

Osama bin Laden morre quase 10 anos após seu maior atentadoVEJA COBERTURA COMPLETAO pedido gerou polêmica na cidade de 334,6 mil habitantes. “Foi uma coisa pessoal minha e meus companheiros não concordaram. A Câmara também repudiou. Mas não tive a oportunidade de explicar na hora porque temos pouco tempo para falar. Na sessão desta tarde farei uma retratação”, afirma.

Em nota divulgada nesta quarta-feira (4) pela assessoria de comunicação da Câmara Municipal de Anápolis, o presidente da Câmara Amilton Batista afirma que o pedido de um minuto de silêncio feito pelo vereador foi deferido devido às homenagens prestadas aos dois moradores da cidade também citados por Jacinto.

O texto diz ainda que a "possível homenagem pela memória de qualquer outra pessoa, que não as duas citadas acima, é isolada, pessoal e individual, não correspondendo ao entendimento do Poder Legislativo, da Mesa Diretora ou desta Presidência".

A Câmara ressalta que o vereador tem o direito de livre expressão de pensamentos e manifestação de ideias quando no uso da tribuna, em plenário.

Fonte: Estadão

Nenhum comentário:

Postar um comentário